Passado

era o nosso corpo sambando na companhia de nossa pele pagã
nosso verso contagiando as leis naturais do universo insano
era o primeiro dia da primavera que ardia pulando pela janela
o medo de errar consertando a distância entre correr e ficar
era o segredo do ar dentro do corpo sagrado
um agrado beijar o arado e teu sangue escorrendo de mar
cultivei na lavoura da vida sementes de luz e
soprei em teus lábios vitrolas tocando buarque beethoven e luar
porque era nosso corpo sambando sozinho
com a licença da viola de Paulinho

julyana nassar sambou esse poema em maio de 2008

Um comentário:

marco nagoa disse...

muito bonito e forte estes dizeres!